quarta-feira, maio 25, 2005

Trabalhar em Psicologia de Emergência II

O mundo ideal ou aquilo que se faz lá fora:

Para trabalhar em apoio psicossocial deverá existir uma equipa de técnicos composta por:
-técnicos com formação em incidentes críticos, nomeadamente:
- 1 psiquiatra
- 1 psicólogo
- 1 assistente social
A função do grupo deverá ser a coordenação de apoio psicológico e social em incidentes críticos.
O grupo deverá ser responsável pelo continuar da sua formação em psicologia e psiquiatria de desastres e emergência.
Cada municipio deverá ter uma equipa destas prontas a funcionar para a população que assim necessite.

A.M.S.

domingo, maio 22, 2005

Trabalhar em Psicologia de Emergência I

  • O propósito do apoio psicossocial a vítimas de incidentes críticos é a prevenção de doenças mentais. Este tipo de trabalho necessita de investigação, tratamento e acções preventivas.
  • O planeamento deverá estar sempre presente, tendo em conta os grupos directamente envolvidos como os indirectamente envolvidos.
  • Em termos psicológicos e psiquiátricos, o conceito de incidente crítico é mais abrangente que a medicina de emergência.
  • As vítimas obtém apoio através das suas redes normais de pares. No entanto, em caso de grandes incidentes, estes apoios precisam de ser complementados com apoios específicos.
  • As actividades desempenhadas deverão ser baseadas em informações diferentes, pelo que a equipa de intervenção deverá ter técnicos com diversas especialidades.
  • Deverão sempre ser tidas em contas as considerações éticas sobre as intervenções a ser efectuadas.
  • Quando existem grupos étnicos ou sociais diferentes, o apoio deverá ser adaptado às suas necessidades específicas.
  • As intervenções deverão ser coordenadas e existir cooperação entre as diferentes entidades envolvidas (bombeiros, policias, cruz vermelha, inem, serviços sociais locais, entidades religiosas, etc).
Ana Margarida Santos baseado em P.S.M.M.C.D.

terça-feira, maio 17, 2005

Perturbação Pós-Stresse Traumático

A. A pessoa foi exposta a um acontecimento traumático em que ambas as condições seguintes estiveram presentes:

1)a pessoa experimentou, observou ou foi confrontada com um acontecimento ou acontecimentos que envolveram ameaça de morte, morte real ou ferimento grave, ou ameaça à integridade física do próprio ou de outros
2)a resposta da pessoa envolve medo intenso, sentimento de falta de ajuda ou horror. (Nota: em crianças isto pode ser expresso por comportamento agitado ou desorganizado)

B. O acontecimento traumático é reexperenciado de modo persistente de um ou mais dos seguintes modos:

1)lembraças perturbadoras intrusivas e recorrentes do acontecimento que incluem imagens, pensamentos ou percepções. (Nota: em crianças muito novas podem ocorrer brincadeiras repetidas em que os temas ou aspectos do acontecimento traumático são expressos)
2)sonhos perturbadores recorrentes acerca do acontecimento(Nota: em crianças podem existir sonhos assustadores sem conteúdo reconhecível)
3)actuar ou sentir como se o acontecimento traumático estivesse a reocorrer (inclui a sensação de estar a reviver a experiência, ilusões, alucinações e episódios de flashback dissociativos, incluindo os que ocorrem ao acordar ou quando intoxicado). (Nota: em crianças podem ocorrer representações de papéis específicos do acontecimento traumático)
4)mal-estar psicológico intenso com a exposição a estímulos internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a aspectos do acontecimento traumático.
5)reactividade fisiológica durante a exposição a estímulos internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a aspectos do acontecimento traumático.

C. Evitamento persistente de estímulos associados com o trauma e embotamento da reactividade geral (ausente antes do trauma), indicada por três (ou mais) dos seguintes:

1)esforços para evitar pensamentos, sentimentos ou conversas associadas com o trauma
2)esforços para evitar actividades, lugares ou pessoas que desencadeiam lembranças do trauma
3)incapacidade para lembrar aspectos importantes do trauma
4)interesse fortemente diminuído na participação em actividades significativas
5)sentir-se desligado ou estranho em relação aos outros
6)gama de afectos restringida (por esemplo, incapaz de gostar dos outros)
7)expectativas encurtadas em relação ao futuro (por exemplo, não esperar ter uma carreira, casamento, filhos ou um desenvolvimento normal de vida)

D. Sintomas persistentes de activação aumentada (ausentes antes do trauma), indicados por dois (ou mais) dos seguintes:

1)dificuldades em adormecer ou em permanecer a dormir
2)irritabilidade ou acesso de cólera
3)dificuldade de concentração
4)hipervigilância
5)resposta de alarme exagerada

E. Duração da perturbação (sintomas dos critérios B,C e D) superiores a um mês.
F. A perturbação causa mal-estar ou deficiência no funcionamento social, ocupacional ou qualquer outra área importante.

Especifique se:
Aguda: a duração dos sintomas é de menos de 3 meses
Crónica: a duração dos sintomas é de 3 meses ou mais

Especifique se:
Com início: se o início dos sintomas é de pelo menos 6 meses depois do acontecimento stressor.

DSM IV

quarta-feira, maio 11, 2005

Mais uma a não perder!

A Tertúlia do GPASC subordinada ao tema "Internamentos Compulsivos", integrada nas comemorações do mês do Bombeiro, terá lugar dia 30 de Maio pelas 21h, na sede do mesmo situada nos Bombeiros de Cacilhas.

Encontram-se abertas inscrições gratuitas no psic.bvc@sapo.pt

segunda-feira, maio 09, 2005

Não se esqueçam Quarta feira Colóquio Emergência Médica e Psicológica junto das vítimas do Tsunami

Horário e Local:
Quarta-feira 11 de Maio das 14h às 19h na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa - FPCEUL.

vejam o site : Cefipsi

domingo, maio 08, 2005

E-mail

Como devem ter reparado, decidimos incluir no nosso blog um email para os vossos contactos.
Este e-mail ficará na barra da esquerda e está disponível para qualquer necessidade da vossa parte.
Guardem-no e partilhem a página do blog e o nosso mail com os vossos amigos e colegas.

sábado, maio 07, 2005

What is mourning?

Mourning is one of the most difficult, painful, and draining experiences we are likely to go through. It is a final and irreversible separation from a person with whom we were close. In such a situation we may feel that our whole world has crumbled around us. Existence suddenly turns into an empty, sad one, lacking purpose, and we are left confused and helpless. Grief is generally understood as the subjective reaction to loss, while mourning is our attempt to cope with the loss. These terms are often used interchangeably. We generally think of death as the main cause of grief, but other events such as separation from a spouse, or being fired from a job tend to leave us with a sense of loss. The extent of the grief depends upon the degree of closeness to the person, though it can also be tied to our preparedness for the event, our emotional resources, and the amount of support we get from those around us.

It is important to remember that mourning is a normal and natural reaction to loss. It is a very long process that can continue for months or years. While most people successfully come through this difficult period in their lives and are able to carry on they never forget the deceased and continue to feel the loss.
I.C.T.P.

segunda-feira, maio 02, 2005

Seminário ...

I Seminário “Intervenções Psicológicas e Sociais em Crises.
Práticas e Testemunhos. Que Futuro?”
Constância, 8 de Maio de 2005

As situações de emergência social, catástrofes ou acidentes de origem natural ou humana, podem originar grande sofrimento humano a diversos níveis.
Este tipo de acontecimentos, necessita de um suporte psicológico e social imprescindível na recuperação tanto das populações afectadas, como dos profissionais que lhes prestam auxilio. Este seminário tem como objectivo divulgar e reflectir estas intervenções através da troca de experiências e saberes de técnicos e população com interesse nesta área, lançando bases para o futuro.

9:00- Acolhimento e entrega de documentação
9:30- Sessão de abertura
-Presidente da A.H.B.V. Constância - Sr. José Ramoa Ferreira
-Presidente da Câmara Municipal de Constância - Sr. António Mendes
-Psicólogo da A.H.B.V Constância - Dr. João Cruz Dias
10:00- “ O Incidente com o Helicóptero da base de Loulé”- Dra. Verónica Afonso - B.V. Albufeira
11:00- “O Stress nos Bombeiros” – Dra. Raquel Pinheiro - Escola Nacional de Bombeiros
12:00- Almoço
14:00- “Os Bombeiros como Veículo Sinalizador de Problemas Sociais: O Projecto Constância Empreende” - Dra. Andreia Coelho – A.H.B.V Constância
14:45- ”O Projecto do Gabinete de Psicologia dos Bombeiros Voluntários de Albufeira e Protecção Civil Municipal”- Paulo Severino – B. V. Albufeira
15:30-“O Enquadramento do Apoio Psicossocial em Portugal: Visão S.N.B.P.C”- Dr. Bruno Brito - Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil
16:15- Debate /Encerramento e conclusões

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até dia 06/05/2005, pelos seguintes meios:
249 739 304 - Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Constância
91 251 36 56 – Sr. Marco Gomes (Secretário da Direcção)
Email: bombeirosconstancia@mail.telepac.pt

Bruno Brito