quinta-feira, julho 28, 2005

Psicólogos

ANÚNCIO
CONTRATAÇÃO DE TÉCNICOS SUPERIORES
ÁREA DE PSICOLOGIA
O Instituto Nacional de Emergência Médica pretende contratar 3 técnicos superiores (área de Psicologia) em
regime de contrato individual de trabalho.
Locais de trabalho
• Lisboa – 1 lugar (Refª PSIL/2005)
• Coimbra – 1 lugar (Refª PSIC/2005)
• Porto – 1 lugar (Refª PSIP/2005)
Actividade para a qual se pretende contratar
• Apoio psicológico na actuação em situações de excepção/catástrofe, bem como em missões humanitárias,
quer nacionais, quer internacionais;
• Apoio psicológico a doentes urgentes/emergentes;
• Apoio e assistência aos operacionais do INEM em situação de crise;
• Participação no recrutamento e selecção de operacionais;
• Participação em reuniões e grupos de trabalho;
• Colaboração com os órgãos directivos em matéria de planeamento de actividades;
• Formação interna.
Requisitos exigidos
• Licenciatura em Psicologia
Métodos de selecção
• Avaliação curricular, com carácter eliminatório
• Entrevista
Critérios de selecção
• Na avaliação curricular serão ponderados o tempo de desempenho efectivo de funções na área de
actividade para a qual se pretende contratar, bem como a adequação da experiência profissional do
candidato às funções a desempenhar
• Na entrevista serão ponderados os seguintes factores: capacidade de expressão e fluência verbal;
concepção do candidato sobre a natureza das funções a desempenhar; espírito de iniciativa; clareza de
raciocínio; concepção do candidato sobre a natureza e atribuições da instituição a que se candidata
Critérios de preferência
• Experiência no exercício de funções em situações de emergência e catástrofe na área da Saúde.
As candidaturas poderão ser entregues directamente na Unidade de Expediente e Arquivo do INEM, Rua
Almirante Barroso nº 36 – 2º andar – 1000-013 Lisboa, até às 17.30 horas do dia 2 de Agosto de 2005, ou
remetidas pelo correio, com aviso de recepção, expedido até ao último dia do prazo de entrega.
Estas deverão ser formalizadas através de um requerimento com indicação da referência do lugar a que se
candidata, identificação completa do candidato e contacto telefónico, acompanhada de curriculum vitae datado e
assinado e fotocópia do certificado de habilitações literárias.
Quaisquer esclarecimentos poderão ser solicitados através do telefone nº 213508100 – ext. 20204 das 9.30 às
12.30 e das 14.00 às 17.00 horas.
O INEM reserva-se o direito de não proceder à contratação se entender que não estão reunidas as condições
exigidas.
A Directora de Serviços
Margarida Bentes de Oliveira

segunda-feira, julho 25, 2005

acidentes com bombeiros

O dia em que as chamas avançaram em Bragança, ficou também marcado por dois acidentes: o despiste de uma viatura em Aljezur, que causou cinco feridos, um deles em estado grave, e a queda de um helicóptero, em Paradinha, Moimenta da Beira.

O acidente com a viatura de combate a incêndios dos Bombeiros Voluntários de Aljezur ocorreu pelas 20h20, perto de Lugar de Pazinho, na estrada entre Rojil e Aljezur.

O veículo, que estava em missão de vigilância com cinco elementos de um Grupo de Primeira Intervenção a bordo, despistou-se e capotou, ficando completamente destruído. Os cinco bombeiros sofreram ferimentos no acidente e dois deles estão em estado considerado grave, tendo sido transferidos para o Hospital do Barlavento Agarvio.

Na região de Bragança, o único incêndio activo no País às 20h00, era combatido por 89 bombeiros, 25 veículos e dois aviões no Parque Natural de Montesinho. A frente de fogo, que tinha alargado a Espanha, era combatida dos dois lados da fronteira.

Durante a manhã, nas operações em Moimenta da beira, um helicóptero ‘embrulhou-se’ em cabos de alta tensão e despenhou-se. Milagrosamente, o piloto escapou com pequenas escoriações.

“Ele conseguiu desligar o motor e manobrar o aparelho para uns campos de cultivo. Depois, caiu de chapa no chão”, explicou José Fernandes Silva, comandante da Brigada Helitransportada no local.

A aeronave tinha acabado de fazer uma descarga, às 11h45, no fogo de Paradinha. Ao retomar a altitude, tocou com a hélice nos cabos e caiu. “Queríamos correr para lá, mas tínhamos medo que os cabos tivessem corrente”, adianta José Silva.

Vencido o choque, os bombeiros dirigiram-se aos destroços e viram sair o piloto apenas com “uns arranhões nas pernas e a queixar-se das costas”. O ‘heli’ ficou inoperacional.

Nota: Correio da Manhã, 25 de Julho de 2005

sábado, julho 23, 2005

e os fogos continuam!!!

Ao início da madrugada, o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) dava conta da existência de seis incêndios ainda em actividade, cinco dos quais por circunscrever.

No distrito de Coimbra, 261 bombeiros auxiliados por 79 veículos lutavam contra as chamas que lavraram em Piódão (concelho de Arganil).

Castelo Branco era o distrito mais fustigado pelos incêndios, com dois fogos, o mais grave dos quais em Pedras Lavradas, na Covilhã, onde estavam 115 bombeiros com 36 veículos a combater as chamas.

Ainda em Castelo Branco, concelho do Fundão, em Silvares, 50 membros dos bombeiros auxiliados por 15 veículos lutavam contra o fogo.

No distrito da Guarda, concelho de Seia, 174 bombeiros ajudados por 44 veículos combatiam um fogo que lavrava em Coucedeira e já tinha provocado a morte a diversos animais, que ficaram cercados pelas chamas.

A Norte, no distrito de Vila Real, 62 elementos dos bombeiros eram apoiados por 14 veículos no combate às chamas em Carva, concelho de Murça.

No distrito de Viseu lavrava um incêndio em Gandufe (Mangualde), onde 64 bombeiros e 16 veículos já tinham circunscrito o fogo.

Entretanto, em Coimbra, não vai ser activado o Plano Distrital de Emergência, mas os bombeiros vão receber o apoio de militares.

A descida da temperatura prevista para os próximos dias teve uma grande influência na decisão tomada na última noite, em Côja, no concelho de Arganil, numa reunião do Centro Distrital de Operações de Socorro.

Nota: Rádio Renascença, 23 de Julho de 2005

segunda-feira, julho 18, 2005

Programa "Causas Comuns - RTP 2"

No próximo dia 18 de Julho (segunda-feira) às 18h. 30min , faremos um programa em directo, sobre a temática "Sress pós Traumático nos Bombeiros", em parceria com a Liga de Bombeiros Portugueses.

Convidados presentes neste debate:
- Dra. Fani Lopes - Psicóloga, Hospital Júlio de Matos
- Dra. Raquel Pinheiro - Psicóloga, Escola Nacional de Bombeiros
- Dr. Bruno Brito - Psicólogo, Bombeiros Voluntários de Cacilhas, SNBPC, GNR
- Fernando Ruas - Bombeiro

Uma conversa informal com os peritos no assunto do dia
Apresentadora: Fernanda Freitas
Pelo contacto directo que têm com incidentes, com cenários de destruição e por vezes com a própria morte, os Bombeiros transformam-se muitas vezes em vítimas secundárias de stress pós-traumático. Um em cada 12 bombeiros voluntários já sofreu problemas quotidianos provocados por traumas resultantes da sua actividade.

quarta-feira, julho 13, 2005

Intervenção Psicológica

Dia 11 de Julho foi accionada uma equipa de Psicólogos através do SNBPC para dar apoio a diversas situações que ocorreram anteriormente.
O grupo dividiu-se em dois devido ao número de solicitações existentes. Um dos grupos dirigiu-se a Paço de Sousa e Albergaria, enquanto o outro grupo foi para a Pampilhosa da Serra.
Não podemos é deixar de referir que serviria melhor aos bombeiros, que as equipas se tivessem deslocado em datas mais perto das ocorrências.

segunda-feira, julho 11, 2005

e os feridos continuam...

Um bombeiro ficou ferido hoje de manhã, com queimaduras ligeiras nos braços, quando combatia o incêndio em Santa Marinha, Seia, elevando para cinco o número de feridos neste fogo, disse fonte do Centro de Operações de Socorro.

Fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda disse à Agência Lusa que os outros quatro bombeiros ficaram feridos durante as operações desenvolvidas na noite de domingo para hoje e na madrugada.

Dois dos feridos - das corporações de Seia e Gonçalo - com mais gravidade foram transportados para os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), onde já receberam tratamento.

Cerca das 12:00 estavam já a ser transferidos para os Hospitais da Guarda e Seia.

Entretanto, as chamas do incêndio - que deflagrou domingo - continuam por circunscrever, progredindo em duas frentes.

Durante a madrugada as chamas destruíram em Santa Marinha uma fábrica de tijolos, uma habitação e uma viatura.

Fonte dos bombeiros de Seia disse à agência Lusa que o vento que se faz sentir, bem como o terreno acidentado, a falta de acessos e a densidade da vegetação dificultam as operações de combate ao fogo.

O coordenador do CDOS da Guarda, António Fonseca, referiu, por seu turno, que o incêndio regista vários reacendimentos.

Na origem dos reacendimentos, disse, poderão estar a humidade atmosférica "extremamente baixa" e as "muito complicadas condições de trabalho dos bombeiros naquela encosta da Serra da Estrela".

No local encontram-se 139 bombeiros e 35 viaturas de 15 corporações apoiados por três aviões e um helicóptero, tendo sido mobilizados dois pelotões de militares do Regimento de Infantaria de Viseu para procederem ao trabalho de rescaldo e vigilância do fogo.

Nota: Agência Lusa, 11 de Julho de 2005

domingo, julho 10, 2005

fogos continuam

Dez incêndios continuavam por circunscrever no Norte e Centro do país, cerca das 23:30 de sábado, apesar de combatidos por 625 bombeiros apoiados por 160 veículos, revelou o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção civil.

Ao todo, nesses dez incêndios e noutros circunscritos ou em rescaldo estavam envolvidos, em todo o Pais, àquela hora, 1.455 bombeiros.

Um dos incêndios mais preocupantes, ainda não circunscrito, lavra em Sernada, concelho de Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro.

As chamas estão a ser combatidas por 194 bombeiros com 53 viaturas e duas máquinas de arrasto. No local há ainda um pelotão militar.

No mesmo distrito, as chamas foram circunscritas em Crute, concelho de Arouca, e estão em rescaldo em Teamonde Vila Chã, no concelho de Vale de Cambra.

Continua por circunscrever, no distrito de Bragança, um incêndio em Parela, concelho de Carrazeda de Ansiães, onde estão 42 homens e 11 viaturas.

Os dois grandes incêndios que se registaram hoje no distrito de Coimbra, em Foz de Alvares (concelho de Góis), e Vale Marelo (Miranda do Corvo) entraram em operações de rescaldo, embora se mantenham no terreno um total de 148 homens.

No distrito de Leiria, as chamas estão circunscritas no Bom Sucesso, concelho de Óbidos, ou em rescaldo na Cumieira, Pombal, e na fábrica de Tintas Tecma, no concelho da Batalha.

Em rescaldo está também o incêndio em Vale do Arco, concelho de Ponte de Sôr, distrito de Portalegre.

No distrito do Porto há quatro incêndios por circunscrever: em Serra, Paredes, em Pena Cordeiro e Lugar Santiago, duas localidades do concelho de Marco de Canavezes, e em Serra Campelos, Lousada.

No mesmo distrito, as chamas foram circunscritas na Rua Dr. Domingos Paiva, na Maia, e em Branzelo, concelho de Gondomar.

Os dois incêndios que lavraram no distrito de Santarém, na Quinta da Saúde, concelho de Santarém, e em Montes, concelho de Tomar, estão ambos em rescaldo.

Continua no entanto por circunscrever um incêndio em Moreira, Ponte de Lima, no distrito de Viana do Castelo, onde estão 62 bombeiros com 16 viaturas.

Três outros incêndios continuam por circunscrever, no distrito de Viseu: em Moreira, concelho de Tondela, há 99 bombeiros e 21 viaturas; em Sobral-Papízios, Carregal do Sal, 68 homens e 11 viaturas lutam contra as chamas; e em Poça Velha, concelho de Cinfães, 47 homens, apoiados por 11 veículos, tentam extinguir o fogo.

Nota: Agência Lusa, 10 de Julho de 2005

Bombeiros Feridos

Três bombeiros feridos, um deles em estado crítico, é resultado de um fogo florestal na Pampilhosa da Serra. Noutro incêndio, em Miranda do Corvo, houve povoações em perigo.

Um bombeiro da Pampilhosa da Serra sofreu, ontem, graves queimaduras quando combatia um incêndio que lavrou numa zona compreendida entre aquele concelho e o de Góis. Paulo Jorge Piedade, com pouco mais de 30 anos de idade, terá ficado com «cerca de 70% do corpo queimado», disse, ao Diário de Coimbra, o comandante Gama, da corporação de Góis.

Segundo este responsável, outros dois bombeiros terão, também, ficado feridos, quando enfrentavam as chamas no sítio de Coelhal (Pampilhosa), mas sem gravidade. Foram evacuados para o SAP da localidade.

O bombeiro em estado mais crítico foi assistido nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), ontem à tarde, tendo sido, depois, transferido de helicóptero para o Hospital de S. José, em Lisboa, onde, pelas 19h00, estava a ser avaliado no serviço de cirurgia plástica.

Fonte próxima do bombeiro disse, entretanto, que a situação é dramática e que o jovem terá, sim, 85% do corpo queimado, segundo a avaliação médica.

O fogo, que deflagrou pelas 11h30, em Foz de Alvares (Góis), foi combatido por nove corpos de bombeiros, 90 homens, auxiliados por 24 veículos, cinco helicópteros e dois aviões, informou o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da região. Entrou em fase de prevenção e rescaldo às 18h00, tendo destruído, segundo previsões do comandante dos Bombeiros de Góis, «para cima de 100 hectares» de mato e floresta.

Ontem à tarde (a partir das 16h30), outro incêndio preocupante, desta feita em Semide (Miranda do Corvo), obrigou à intervenção de vários meios aéreos (quatro helicópteros e dois aviões) e terrestres. Chegou a haver povoações em perigo.

Quanto ao incêndio florestal de grandes proporções que deflagrou, sexta-feira, em Olho Marinho, concelho de Vila Nova de Poiares, registaram-se, ontem de manhã, alguns pequenos reacendimentos. Esteve em rescaldo desde a madrugada.

No distrito de Coimbra, verificaram-se, durante a noite de sexta para sábado, vários outros incêndios, embora pequenos: em Vale da Taipa, Pomares (Coja), Maiorca e Montalto (Figueira da Foz) e em Tola (Penela).

Já no distrito de Leiria, um fogo deflagrou ontem de manhã, cerca das 11h00, em Cumieira, concelho do Pombal. Combateram as chamas pelo menos 65 bombeiros de quatro corporações, segundo disse fonte do CDOS de Leiria. Estiveram, ainda, envolvidos dois helicópteros, estacionados em Pombal e em Figueiró dos Vinhos, e 18 veículos.

Nota: Diário de Coimbra, 10 de Julho de 2005

quinta-feira, julho 07, 2005

Atentados em Londres

Em vez de relatarmos o que todos podem ver nas notícias, apresentamos informações bem mais curiosas e que nos permitem realmente pensar em Londres como uma das capitais mais seguras do mundo.
Todos sabiam que um atentado teria lugar em Londres, não sabiam era quando isso iria acontecer.
De modo a estarem preparados para qualquer eventualidade foi criado em 1973 0 LESLP, the London Emergency Services Liaison Panel, do qual fazem parte:
Metropolitan Police Service
Public Order Unit of the MPS
The London Fire Brigade
City of London Police
British Transport Police
London Ambulance Service
local authorities

e o que fazem eles? :

"The group meets once every three months under the chair of the Metropolitan Police. Its purpose is to ensure a partnership approach between all the relevant agencies in the planning for, and the response to, a major incident of whatever kind. This could be anything from a terrorist attack to a natural disaster such as a severe flood, which may occur within the Greater London area."

Ou seja, apesar do descontrole aparente perante uma situação desta envergadura, as questões que teriam de ser colocadas já o foram e todos os elementos da protecção civil sabem o que fazer, onde, quando e como.

Todos os pontos que nos sobressaltam já foram trabalhados e vão sendo sempre melhorados, imaginem esta situação em Portugal, conseguem?

Pergunta retórica : Será que vamos aprender com esta licção ? Todos os elementos da Protecção civil juntos sem protagonismos?

A.M.S.

quarta-feira, julho 06, 2005

Fogo em Castelo Branco

É mesmo necessário comentar?
A história repete-se, o SNBPC não quer saber dos seus bombeiros quanto mais ficarmos à espera que queriam saber do trabalho que é desenvolvido por um grupo de carolas que começa a ter mais que fazer do que aturar políticas...
E desta vez nem os Psicólogos do INEM salvam a situação. Castelo Branco fica longe não é? Nem a comunicação social está presente...

Fogo em Castelo Branco

"Quatro bombeiros ficaram ontem feridos quando combatiam um incêndio que, à hora de fecho desta edição, ainda consumia uma vasta área de mato no concelho de Castelo Branco.

O incêndio teve início cerca das 15.15 junto da localidade de Taberna Seca, a 15 quilómetros de Castelo Branco, e consumido muita área florestal.

Os quatro elementos dos bombeiros de Vila Velha de Ródão sofreram queimaduras de primeiro e segundo graus, tendo recebido tratamento no Hospital de Castelo Branco, afirmou o comandante António Oliveira, do Centro Distrital de Operações de Socorro de Castelo Branco. Três foram depois transferidos para o Hospital Coimbra enquanto o restante, mais gravemente atingido, foi transferido para o S. José, em Lisboa. No local estavam-se 103 bombeiros de 15 corporações apoiados por 33 viaturas, dois aviões pesados, dois aviões ligeiros, e dois helicópteros.

Ontem, registaram-se incêndios em seis distritos. No Porto, o fogo mais preocupante ocorreu no concelho de Gondomar. À hora de fecho desta edição, 120 bombeiros de nove corporações, apoiados por 29 viaturas e dois helicópteros combatiam as chamas em Brenzelo, Melres. As nuvens de fumo chegaram a assustar moradores das redondezas, mas segundo o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) as casas não correram perigo. Houve ainda fogos em Setúbal,Vila Real, Algarve e Guarda.

Nota: Diário de Noticias, 06 de Julho de 2005

terça-feira, julho 05, 2005

Fogo em Mafra IV

"As chamas pararam ontem às portas da Malveira, em Mafra, depois de consumirem mato, floresta e gado. Alimentado por um vento fortíssimo e inconstante, o fogo, ainda por circunscrever ao início da noite, ficou a poucos metros do centro da vila, não dando descanso aos 505 bombeiros e 163 veículos deslocados para o local.

No balanço, somam-se oito bombeiros feridos, uma viatura destruída e todos os 17 lobos ibéricos resgatados. O fumo era visível em Lisboa, a 40 quilómetros do local do fogo.

A gravidade da situação, que ainda mantinha ao fim do dia de ontem uma frente activa em Monte Gordo e outra na Malveira, obrigou a cortar estradas e a accionar o Plano Municipal de Emergência da Protecção Civil de Mafra. Uma instituição de apoio à terceira idade, na Malveira, também foi evacuada como "medida de precaução". Na Tapada de Mafra, o fogo terá devastado 20 hectares e no Centro de Recuperação do Lobo Ibérico foi preciso evacuar os 17 animais desta espécie protegida.

Gil Ricardo, vice-presidente da câmara de Mafra, fez o balanço ao início da noite "80% do perímetro de incêndio está em fase de rescaldo e, apesar do círculo ardido ter uma dimensão significativa, existem grandes ilhas intactas, o que se deve aos ventos cruzados."

Além dos 505 homens de 62 corporações, foi instalado no local um posto avançado do INEM, com seis médicos, quatro enfermeiros, oito tripulantes de ambulância e um psicólogo. Dos oito bombeiros - seis de S. Pedro de Sintra - que tiveram assistência médica, dois dos quais devido a um acidente de viação, três apresentavam queimaduras com gravidade intermédia, tendo sido transferidos para o Hospital São Francisco Xavier.

O pânico instalou-se às cinco da tarde, com as chamas a aproximarem-se velozmente da Malveira. Situada num vale, a vila assistiu, em poucos minutos, ao incêndio que começou ao meio dia no Picão e que vinha de longe, abeirar-se das suas casas. "Já fechei tudo. Mas tenho tanto medo...", comentava Maria do Céu, a cara chamuscada, depois de ter regado o barracão onde guardava as máquinas agrícolas e o gado. "Ali metia respeito...", desabafava alguém por perto. Os bombeiros, situados em redor das habitações, tentavam conter a fúria das chamas que desciam a encosta a grande velocidade, alimentadas por um vento ensurdecedor.

A densidade do fumo não permitia avistar mais do que uns escassos metros nem perceber o avanço e a direcção do fogo. Do outro lado de uma pequena estrada, outro grupo de bombeiros protegia uma fábrica de papel, enquanto os vizinhos regavam as redondezas.

Em Vale da Guarda, onde o fogo deflagrou, o posto de comando permanecia sobressaltado ao fim da tarde. Posteriormente, seria deslocado para serra de Santa Maria, na Malveira. Moreira Vicente, comandante operacional distrital, estimava circunscrever o fogo em pouco tempo. Ferreira do Amaral, director da Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais, confessava, apontando para uma bandeira que esvoaçava, nunca ter presenciado um vento tão incontrolável. E temia uma noite de sobressalto, perante um cenário de continuação de vento e pouca humidade. As casas estavam perto.

Nota: Diario de Noticias, 5 de Julho de 2005

segunda-feira, julho 04, 2005

Fogo em Mafra III

Desculpem mas não resisto a comentar...
Claro que estamos em prevenção...
Mas para varia o SNBPC é o que se vê...
também não será preciso os psicólogos dos bombeiros não é verdade?
Está lá o INEM.
A minha sorte é que não estão feridos bombeiros meus, senão queria lá saber se seria activada ou não...
Para variar continuamos num país do faz de conta...
1º Faz de conta que se trabalha.
2º Faz de conta que se sabe trabalhar.

A.M.S.

fogo em mafra II

"Cinco bombeiros da corporação de voluntários de São Pedro de Sintra ficaram hoje feridos no combate ao incêndio em Picão, Mafra, e três deles vão ser transferidos para o hospital de São Francisco Xavier.

O comandante dos Voluntários de São Pedro de Sintra, Pedro Ernesto, disse à Agência Lusa que os três feridos mais graves sofreram queimaduras de primeiro e segundo grau.

Os outros dois, com ferimentos mais ligeiros, foram assistidos no hospital de campo e irão regressar ao quartel.

Segundo informações das 19:00 do Serviço Nacional de Protecção Civil (SNBPC), o incêndio em Mafra continuava por circunscrever e mobilizava 447 bombeiros, 140 viaturas e três meios aéreos.

O SNBPC informou também que no distrito de Leiria lavrava um incêndio ainda por controlar, que mobilizava 177 bombeiros e 47 viaturas, na localidade de Cabreiros, Caldas da Rainha.

Também no distrito de Leiria, mas na localidade de Casal Novo, outro incêndio por circunscrever mobilizava 87 homens, 26 viaturas e dois meios aéreos.

No distrito de Santarém, 77 bombeiros, 22 viaturas e três meios aéreos combatiam as chamas na Quinta do Arrife, concelho de Alcanena.

Um outro fogo deflagrou às 18:15 no concelho de Seia, distrito da Guarda, levando cinco bombeiros, uma viatura e um meio aéreo à localidade de Santa Eufémia.

Nota: Portugal Diario, 04 de Julho de 2005"

Fogo em Mafra

"Dois bombeiros ficaram feridos na sequência do incêndio no Picão, Mafra, sendo a Tapada Nacional e a Malveira os pontos mais preocupantes, de acordo com o comandante operacional distrital dos bombeiros e da protecção civil.

Moreira Vicente adiantou que uma mulher sofreu queimaduras nas mãos e pernas e um homem nas pernas.

Entretanto, este incêndio, que deflagrou por volta as 12:00, continua com duas frentes activas que lavram com grande intensidade.

As projecções «mais preocupantes» são na Tapada de Mafra e na zona da Malveira, onde uma casa esteve em perigo, de acordo com o comandante.

O director da Tapada, Ricardo Pais, disse à Lusa que o fogo «ultrapassou a zona de barreira», estando três pequenos focos activos.

A zona de barreira foi criada pelas autoridades do parque durante o Inverno através de fogos controlados.

Por seu lado, Moreira Vicente sublinhou ainda as grandes dificuldades que estão a ser vividas no terreno por causa do vento intenso que se faz sentir.

«A situação é muito preocupante, o combate está a ser muito difícil, porque o vento sopra com muita intensidade e muda de direcção muito rapidamente», explicou Moreira Vicente, acrescentando que o trânsito está cortado na auto-estrada entre Malveira e Gradil (A21).

Este fogo começou por apanhar o Centro de Recuperação do Lobo Ibérico, onde arderam pelo menos dois cercados, tendo estado em perigo 14 dos 17 lobos existentes no local.

No entanto, segundo Moreira Vicente, não foi necessário retirar lobos, apesar de uma fonte do centro ter adiantado que foram transferido animais de uns cercados para outros e de sido ponderado um pedido de ajuda ao Jardim Zoológico de Lisboa.

No local estão agora 210 homens, 70 veículos, 38 corpos de bombeiros, membros da GNR e do INEM, três meios aéreos (dois helicópteros e um avião «Cannadair») e máquinas de terraplanagem.

Do INEM está o dispositivo mínimo, 12 pessoas entre médicos, enfermeiros, técnicos de emergência e uma psicóloga.

«Não há falta de meios, nem sequer de meios aéreos, o problema é o vento», disse o comandante. O fogo chegou perto das localidades de Casal da Serra e Vale da Guarda, mas a população nunca esteve em perigo.

De acordo com alguns habitantes destas localidades o fogo esteve perto das suas casas, mas os bombeiros conseguiram travá-lo.

Também a casa do director do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico chegou a estar em perigo, mas a situação foi controlada pelos bombeiros no local.

Entretanto, o choque entre dois carros dos bombeiros causou dois feridos ligeiros.

Cerca das 16:30 foi activado o Plano de Emergência Municipal da Protecção Civil de Mafra e os trabalhos passam a ser coordenados pela Câmara de Mafra.

Nota: Portugal Diario, 04 de Julho de 2005