terça-feira, agosto 23, 2005

Questões de Ética

Temos visto vários psicólogos nas televisões e jornais a falarem das intervenções que estão a realizar.
Percebemos claramente a pressão que a comunicação social coloca, mas pomos em causa os comportamentos dos mesmos.
Vamos por pontos então:
A ética do psicólogo diz-nos que devemos preservar a confidencialidade dos dados que nos são transmitidos.
Em situação de stresse, as pessoas ficam com comportamentos exarcebados, cabe-nos a orientação das mesmas e a normalização das situações, ora se vamos para a televisão falar do que vamos fazendo estamos a cair no histerismo colectivo, e passamos nós mesmos a ter comportamentos anormais.
Em situações de emergência, uma das missões do psicólogo é proteger e encaminhar as vítimas, se estas aparecem na televisão estamos a expô-las e não a protegê-las, o mesmo se passa no que se refere a mostrar os locais onde as alterações de comportamentos se passam.
A única desculpa que podemos dar a esses psicólogos é que realmente é a primeira vez que estão confrontados com situações deste género, falta-lhes a experiência e talvez desconheçam a quem pedir ajuda (se é que a querem, temos ouvido falar de alguns que se acham os melhores, é o início dos erros).
E já agora, o que faz 1 psicólogo sozinho no terreno? Será que já ouviram falar de Compassion Fatigue Specialist? Trabalho de Equipe?
O SNBPC sabem quem são os psicólogos com experiência do terreno, muita da culpa do país estar inundado de psicólogos a trabalhar em emergência que não sabem o que andam a fazer é dele.
Não haverá algo mais importante para mostrar? Que tal a comunicação social, através do impacto que tem na sociedade civil, forçar a criação de um grupo de trabalho com elementos com formação e competências técnicas em diversas áreas, para começar a analisar os incêndios nos últimos anos, como surgem, porquê, as condições em que aparecem para que possam já hoje, em pleno verão começar a prevenir os fogos pros anos que se seguem. Ideias de técnicos : do Instituto de Meteorologia, SNBPC, Polícia Judiciária, Câmaras Municipais, LNEC, Ambiente, Agricultura,....
Isto sim seria algo para os psicólogos pensarem, o que correu bem/mal nas intervenções que estou a desenvolver. O que posso fazer para melhorar o meu trabalho...

Homem atropelado por carro de bombeiros

Um homem morreu hoje atropelado por uma viatura dos Bombeiros Voluntários de Poiares quando colaborava no combate a um incêndio no concelho, informou fonte da GNR.

A fonte da Brigada Territorial 5 da GNR, com sede em Coimbra, disse à Agência Lusa que o acidente ocorreu de manhã em Vale do Cabril, Algaça, no concelho de Vila Nova de Poiares.

Acrescentou que o homem, de 40 anos, foi atropelado quando o carro dos bombeiros fazia uma manobra de marcha-atrás.

Foi ainda transportado ainda ao Centro de Saúde local, mas morreu no caminho, acrescentou.

A Agência Lusa tentou contactar o comandante dos Bombeiros de Vila Nova de Poiares e o presidente da Câmara, Jaime Soares, mas tal não foi possível em tempo útil.

A vaga de incêndios já provocou este ano a morte de pelo menos 14 pessoas, dez das quais bombeiros.

Nota: PortugalDiário, 22 de Agosto de 2005

sexta-feira, agosto 19, 2005

Morreram

Um bombeiro voluntário de Oliveira de Azeméis morreu hoje à tarde, vítima do acidente sofrido sexta-feira passada e que na altura provocou um morte e três feridos, disse à agência Lusa o comandante da corporação.

Carlos Severino, de 22 anos, era bombeiro nos Voluntários de Oliveira de Azeméis há um ano e foi a segunda vítima mortal do capotamento de uma viatura da corporação, ocorrido numa estrada municipal na localidade de Ferreiros, Palmares, quando se dirigia para um incêndio, devido a uma avaria mecânica.

"O ambiente é de total consternação e pesar entre os efectivos da corporação. Já perdemos dois elementos e temos um terceiro em estado muito crítico", afirmou Jorge Pereira, bastante emocionado.

Carlos Severino estava internado desde sexta-feira passada no hospital de Santo António, no Porto, com traumatismo craniano e morreu hoje cerca das 15:00.

O outro bombeiro vítima do acidente, de 34 anos, sofreu traumatismos múltiplos e, segundo o comandante, a sua situação clínica "é muito crítica e o prognóstico reservado".

Este ano morreram em Portugal, em incêndios florestais, pelo menos 12 pessoas, nove das quais bombeiros.

Nota: Agência Lusa, 18 de Agosto de 2005

Faleceu o Administrador do BombeirosdePortugal.com e Bombeiro Voluntário em Oliveira de Azeméis Pedro Figueiredo, de 34 anos, vítima do acidente de viação que sofreu, sexta feira passada, ao serviço dos Bombeiros.

Pedro, sem poder descrever os sentimentos que nos assolam neste momento... Orgulhamo-nos de ti. Descansa em Paz.

Nota: A Equipa BombeirosdePortugal.com, 18 de Agosto de 2005

terça-feira, agosto 16, 2005

Mogadouro

Cmdte. dos Bombeiros de Mogadouro é encontrado morto em casa.
A informação transmitida pelo noticiário é de que o Cmdte. foi a casa dormir depois de dois fogos seguidos que assolaram aquela zona, tendo sido encontrado morto pouco depois.
Será que temos alguém por lá a prestar apoio psicológico àquela Corporação? E se sim, em condições?

Menores em emergência

Já que o MAI pretende verificar se existem menores no combate aos incêndios, que tal verificarem os que andam a fazer emergência médica?
Ou será que não os há?
Será que os menores estão psicologicamente preparados para a frente de combate? Para verem as situações que marcam bombeiros homens e mulheres adultos?

Menores nos incêndios

O Ministério da Administração Interna vai pedir com "urgência" ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) uma listagem dos bombeiros que combatem os incêndios para saber se há menores envolvidos, disse hoje uma fonte oficial.

O assessor de imprensa do Ministério da Administração Interna (MAI) disse à agência Lusa que o secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, vai solicitar ainda hoje ao SNBPC uma lista completa dos elementos que compõem os Grupos de Primeira Intervenção (GPI), os primeiros a avançar em cenário de fogo.

De acordo com o assessor de imprensa, o MAI desconhece a existência de menores em missões de combate a incêndios, mas quer saber se há violações à lei.

O jornal de Notícias diz hoje, citando um antigo director de operações de protecção civil Manuel Veloso, que os "quartéis estão cheios de GPI formados por estudantes em férias e menores de 18 anos", contrariando a lei vigente.

A lei, adiante o Jornal de Notícias, impede que os cadetes (menores de 16 anos) e os aspirantes (em formação para bombeiros) não possam integrar os GPI, nem ir para a frente de fogo.

Nota: Agência Lusa, 16 de Agosto de 2005

segunda-feira, agosto 15, 2005

Situação traumática colectiva

Semblantes carregados e olhares taciturnos eram as marcas que ainda persistiam nos rostos dos Bombeiros Voluntários de Santa Marta de Penaguião, no dia seguinte ao da morte de Carlos Garcia.

Ao longo de toda a jornada de ontem, direcção, comando e autarquia local começaram a elaborar os preparativos para o funeral do bombeiro que vai hoje a enterrar pelas 16 horas para o cemitério de Cever (Santa Marta de Penaguião). A chegada da urna às instalações do quartel - onde ficará em câmara ardente - foi um momento doloroso para todo o efectivo. Viram-se muitas lágrimas e ouviram-se choros convulsos de bombeiros, familiares e amigos.

Mas esta é também uma hora em que é preciso "cuidar dos vivos". Assim, os bombeiros que estiveram no local da tragédia e a mãe do Carlos (65 anos) estão a ser alvo de apoio psicológico e social por parte de uma equipa constituída por Alexandre Favaios (psicólogo dos Bombeiros Voluntários da Cruz Branca), Catarina Almeida, psicóloga, e Sara Fernandes Teixeira, assistente social, as duas últimas técnicas do município.

Logo após a morte de Carlos Garcia, estiveram os três no quartel, prestando apoio aos nove bombeiros (oito homens e uma mulher) que viveram de perto os acontecimentos. "Deparou-se-nos um quadro de revolta, inconformismo da parte dos bombeiros" contou, ao JN , Catarina Almeida.

"Tivemos de os ouvir em primeiro lugar a manifestarem os seus sentimentos e depois com cautela começamos o nosso diálogo , de modo a estabilizá-los emocionalmente", acrescentou. Por sua vez, Sara Fernandes Teixeira (foi ela que informou a mãe do Carlos de que o filho morrera) disse, ao JN, que " a mãe da vitima foi logo acompanhada, tendo em atenção que é diabética e por tal a necessitar de cuidados especiais.

Vamos desenvolver contactos com as respectivas instituições, de modo a configurarmos uma situação de pré-reforma para a mãe do Carlos".

Nota: Jornal de Noticias, 15 de Agosto de 2005

Uma dor que não passa

"Estas coisas dão-nos vontade de atirar a toalha ao chão, mas temos que ser mais fortes e continuar a nossa missão". As palavras do comandante dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis, Jorge Pereira, minutos depois do funeral do jovem bombeiro Bruno Santos, que faleceu na passada sexta-feira, quando seguia para o combate a mais um incêndio, reflectiam o sentimento generalizado do ambiente que, ontem, se vivia no quartel daquela corporação.

Os comentários que se ouviam por entre as dezenas de bombeiros e centenas de pessoas que ali se deslocaram para assistirem ao funeral, dividiam-se entre a frustração da perda inesperada de um jovem que, "fugia da escola para ir para os bombeiros", e a necessidade de "haver coragem para seguir em frente apesar de só se lembrarem de nós nos momentos de aflição ou quando morremos", desabafava um bombeiro idoso de uma corporação vizinha.

Num ambiente de grande consternação e pesar, os responsáveis máximos da corporação escusavam-se a tecer grandes comentários sobre a falta de apoios, mas entre a população local e alguns bombeiros havia quem não calasse a revolta.

As palavras mais sentidas foram as do pai do bombeiro falecido. Na hora da descida da urna à terra, o pai gritava bem alto a sua dor. "Para que é que vêm aqui estes políticos, só aparecem nestas alturas mas nunca fazem nada. É tudo um negócio de dinheiro".

A poucos metros encontrava-se o ministro António Costa, que acompanhou toda a cerimónia fúnebre e se escusou a fazer qualquer tipo de comentário para a Imprensa.

Também entre a população, os políticos eram motivo de críticas. Marques Mendes, que um dia antes esteve no local, foi igualmente visado. "Parece impossível, veio ver o rapaz morto e aproveitou a ocasião para fazer críticas a José Sócrates; isto é um aproveitamento político inadmissível", comentava um animador de rádio bem conhecido na região. O presidente da Associação Humanitária, António Gomes, garante que a família está a receber todo o apoio, "possível". Uma ajuda que, neste primeiro momento, passa essencialmente pelo apoio psicológico que está a ser dado à família.

Visivelmente agastado com a perda de "um homem que gostava de mais dos bombeiros", garante que Bruno estava coberto pelo seguro, mas lembra que "os seguros são irrisórios para uma situação destas".

Dois elementos dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis são psicólogos e são eles que têm estado a dar apoio à família e a alguns dos seus colegas."Os próximos dias serão dolorosos", afirmava o comandante sobre a morte do bombeiro. Mas o momento parece não ser, teimosamente, de optimismo em relação aos dois bombeiros que ainda se encontram em estado grave nos Cuidados Intensivos do Hospital S. António, na cidade Porto.

Todos se recusam a aceitar que os colegas não recuperem. Mas a fazer fé nas palavras do presidente da Direcção, as últimas noticias sobre o seu estado de saúde não são animadoras.

Nota: Jornal de Noticias, 15 de Agosto de 2005

O ano com mais mortos das últimas dusa décadas

Os meses de Janeiro a Agosto são já suficientes para colocar 2005 entre os anos mais negros para os bombeiros portugueses, sendo necessário recuar duas décadas para encontrar um saldo tão negativo em número de vítimas mortais - oito até agora - e feridos graves no combate directo ou indirecto a incêndios florestais.

Só ontem, mais seis voluntários ficaram feridos. E o Verão ainda vai a meio.

Em 1985 e 1986, registaram-se dois acidentes muito graves, com respectivamente 14 e 12 mortos, em Armamar e Anadia. Este ano, apenas num caso se verificaram várias mortes (a 28 de Fevereiro, em Mortágua), mas em contrapartida multiplicam-se acidentes com vítimas, ainda que isolados.

Desconhecimento

Xavier Viegas, investigador que dirige o Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, na dependência da Universidade de Coimbra, explica que as condições de extrema seca propiciam mais acidentes graves, mas a este factor há que somar um "grande desconhecimento" sobre o comportamento do fogo.

O docente é um dos três elementos que integra a comissão interdisciplinar criada, na sequência do acidente de Mortágua, para estudar o chamado efeito-chaminé. Um fenómeno que ocorre em zonas de declive intenso, em que o fogo cria rajadas de vento muito forte responsáveis por uma aceleração repentina das chamas. Fenómeno que foi o denominador comum dos casos de Mortágua, Vila Real (anteontem) ou Guadalajara, Espanha, em que 11 pessoas morreram.

"Apesar dos bombeiros falarem de impresibilidade quando se referem a este tipo de acidentes, sabe-se que o fenómeno é previsível. O momento em que ocorre é que não está ainda explicado e é necessário avançar na investigação do comportamento do fogo", explica Xavier Viegas, que alerta para a importância da formação intensiva dos bombeiros nesta matéria.

Enquanto os resultados do trabalho da comissão não estão concluídos, o docente universitário - que colaborou também na investigação do acidente de Guadalajara - prefere não levantar o véu, mas esclarece estarem a ser dados alguns passos, nomeadamente no que diz respeito às circunstâncias de propagação. "É normal ouvirmos os bombeiros falarem numa mudança súbita de vento ou em rajadas fortes, mas a força do vento é gerada pelo próprio incêndio", salienta.

Com a seca que se vive este ano, há ignição de todo o combustível, que origina uma intensidade superior das chamas e maior velocidade de propagação, explica igualmente José Miguel Cardoso Pereira, professor do Instituto Superior de Agronomia.

Factores que devem ser tidos em conta na avaliação de cada fogo florestal e que explicam, em parte, a violência das ocorrências dos últimos três anos, como salienta Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses. "O número preocupante de bombeiros mortos ou feridos em combate prova os riscos cada vez maiores associados ao fogo florestal", sustenta. Na sua opinião, está actualmente a pagar-se a factura por anos de abandono e desordenamento florestal. "A situação tenderá a agravar-se por algum tempo, mesmo com medidas de retorno", afirma.

Emoção e pressão social fazem arriscar demasiado

Os bombeiros arriscam, por vezes, de mais no combate às chamas. A opinião é do investigador Xavier Viegas, que coloca entre as explicações a necessidade quase cega de defender populações em risco.

Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, concorda que factores emocionais devem ser tidos em conta "A estrutura voluntária tem um grau de ligação afectiva com o meio local muito forte, particularmente em meios rurais, em que todos se conhecem".

Em cenário de emergência, o voluntário tende a assumir uma certa pressão para fazer face ao "inimigo", mesmo que de uma forma directa essa exigência não lhe seja colocada pela população.

Por outro lado, nem sempre a experiência é sinónimo de maior protecção contra as chamas, porque a sensação de domínio do sinistro leva o bombeiro a arriscar mais.

O dirigente da Liga alerta ainda para outro factor essencial quando se analisam acidentes com vítimas mortais o uso de equipamento de protecção individual adequado. No último acidente mortal registado este ano, anteontem, a vítima, da corporação de Santa Marta de Penaguião, morreu asfixiada e não carbonizada. "O equipamento não teria, neste caso, grande importância, mas em muitas situações faz a diferença", salienta Duarte Caldeira, recordando que exemplos como o do bombeiro que morreu em Góis poderiam ter um desfecho bem diferente.

Nota: Jornal de Noticias, 15 de Agosto de 2005

domingo, agosto 14, 2005

PT oferece 20 habitações pré-fabricadas à Protecção Civil

O Grupo Portugal Telecom irá disponibilizar ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil 20 habitações compostas por módulos, totalmente equipados com infra-estruturas de telecomunicações, água, electricidade, canalizações e segurança, que poderão ser utilizados em qualquer situação de crise e sempre que esta entidade considere necessário, divulgou o grupo em comunicado.Estas estruturas modelares poderão ser adaptadas a diferentes necessidades, desmontadas após a sua utilização, ficando disponíveis para serem utilizadas em outras situações. Mais frescas que as construções em alvenaria, não absorvem a humidade, nem acumulam calor, podendo ser montadas em apenas 1 ou 2 dias.

«Os materiais que compõem esta casa são totalmente laváveis, garantindo todas as condições de higiene e conforto e permitindo de uma forma provisória devolver a intimidade e conforto de um lar», refere o comunicado.

A operadora acrescenta ainda que «este ano os incêndios em Portugal destruíram 430 km de cabo de cobre, 89 km de cabo de fibra óptica e cerca de 3.100 postes. No total, foram afectados mais de 40 mil clientes. Hoje 80% dos casos já estão solucionados. A maioria dos cabos foram repostos em poucos dias, sendo nalguns casos implementadas soluções para reformulação e melhoria da rede de telecomunicações, seja por questões de segurança, rapidez, ou de providência para futuras calamidades».

Bem vindo Alexandre

E temos mais um elemento na nossa equipa.
Alexandre Favaios, que já começou a prestar apoio psicológico, cabe-lhe a zona de Vila Real.

Os bombeiros da corporação de Santa Marta de Penaguião receberam apoio psicológico devido à morte de um voluntário quando combatia um incêndio que deflagrou na zona de Ermida, Vila Real, disse fonte do comando distrital.

O comandante operacional do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Vila Real, Almor Salvador, disse à Lusa que alguns elementos da corporação de Santa Marta de Penaguião ficaram em "estado de choque" devido à morte de um colega esta tarde e, por isso, receberam apoio por parte de um psicólogo.

O bombeiro, de 32 anos, encontrava-se a combater um incêndio que deflagrou na zona de Ermida, Vila Real, quando foi apanhado por uma mudança na direcção do vento, que incendiou também uma viatura de combate ao fogo.

O acidente ocorreu pelas 19h00 e deveu-se a um golpe de vento que provocou um "efeito chaminé" (ao propagar-se em zonas montanhosas as próprias chamas provocam vento e, em condição de temperaturas altas e humidade reduzida, ganham maior velocidade), pormenorizou o comandante do CDOS.

Segundo Almor Salvador, ao contrário do que foi inicialmente dito, o bombeiro morreu asfixiado, devido à inalação de monóxido de carbono.

O acidente ocorreu em plena estrada, tendo alguns dos membros da corporação ainda tentado salvar a vítima.

A morte deste bombeiro eleva para seis o número de soldados da paz que faleceram, este ano, no combate ou a caminho de incêndios.

Os bombeiros de Santa Marta de Penaguião foram os primeiros a chegar ao incêndio que deflagrou esta tarde e só depois verificaram que se localizava na área dos bombeiros da Cruz Verde de Vila Real.

Posteriormente, esta corporação foi chamada para ajudar no combate às chamas que, às 21h30, se encontravam em fase de rescaldo.

Também uma bombeira da Corporação da Cruz Verde que combatia o mesmo incêndio foi hoje internada no Centro Hospitalar Vila Real/Peso da Régua em estado de choque, adiantou o comandante do CDOS.

Nota: Publico, 14 de Agosto de 2005

sábado, agosto 13, 2005

Acidente provoca 1 morto

Uma viatura dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis despistou-se hoje a caminho de um incêndio, provocando dois feridos graves e dois feridos ligeiros, informou o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.

O acidente ocorreu por volta das 17:30 e os feridos foram transportados para o hospital, acrescentou a mesma fonte.

Nota: Agência Lusa, 12 de Agosto de 2005

O acidente com uma viatura dos bombeiros de Oliveira de Azeméis provocou um morto, dois feridos graves e um ligeiro, disse à Agência o comandante da corporação, Jorge Pereira.

Segundo o comandante dos Voluntários, a viatura capotou numa estrada municipal na localidade de Ferreiros, Palmares, quando se dirigia para um incêndio devido a uma avaria mecânica que ainda está por apurar.

A família do voluntário que morreu no acidente está a ser acompanhada por psicólogos da corporação, acrescentou.

Inicialmente, o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil havia informado que do acidente tinham resultado dois feridos graves e dois ligeiros.

Segundo a mesma fonte, o desastre ocorreu por volta das 17:30 e os feridos foram transportados para o hospital.

Nota: Agência Lusa, 12 de Agosto de 2005

quarta-feira, agosto 10, 2005

Fires in Portugal - Notícias da NASA

On August 4, 2005, the Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) on NASA’s Terra satellite captured this image of fires blazing in Portugal around the coastal city of Porto. Portugal has been struggling with forest fires off and on throughout much of the summer as a multi-year drought continues to plague the country. High winds and extreme heat are making the job of thousands of firefighters dangerous and difficult. The high-resolution image provided above is 250 meters per pixel. The MODIS Rapid Response System provides daily images of the Iberian Peninsula at additional resolutions.

East of the city of Ourense in northern Spain, fires were burning in the parched forests and woodlands on August 7, 2005. Fires continued in the tinder-dry landscapes of northern Portugal, particularly around the city of Porto. This image shows the region as it appeared during the afternoon (local time) overpass of the Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) on NASA’s Aqua satellite on August 7. Places where MODIS detected active fires are marked in red.

terça-feira, agosto 09, 2005

Rumo à estabilidade

viram a notícia que estava antes? então agora vejam esta.

Era a notícia mais aguardada pelos colaboradores do INEM: o Governo deu luz verde para que o Instituto comece a celebrar contratos individuais de trabalho com os seus colaboradores. É mais um passo para a estabilidade laboral.

O Despacho Conjunto 419/2005, dos Ministérios das Finanças e da Saúde, foi publicado no passado dia 28 de Junho. Nele pode ler-se que “A lei orgânica do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), aprovada pelo Decreto-Lei n.º 167/2003, de 29 de Julho, procedeu à sua reestruturação, designadamente pela introdução do princípio da optimização dos recursos humanos, tornando-o uma estrutura adaptada à complexidade e responsabilidade da urgência/emergência, primando pela eficiência e eficácia nas suas múltiplas vertentes. Ora, esta nova filosofia de acção implica que o INEM seja dotado dos meios de agilização necessários para dar execução às relevantes tarefas que lhe estão incumbidas, dos quais se destacam os recursos humanos, pelo que se torna necessário proceder à aprovação do mapa de pessoal em contrato individual de trabalho”.
Na prática, este documento aprovou a dotação de pessoal do INEM em regime de contrato individual de trabalho, prevendo um total de 645 lugares, distribuídos pelas carreiras médicas, enfermagem, informáticas, técnicos superiores, técnicos administrativos, Operadores de Centros de Orientação de Doentes Urgentes e Tripulantes de Ambulância, entre outras. Paralelamente o Governo autorizou também o Instituto a iniciar a celebração de um número limitado de contratos, o que foi já feito, estando a decorrer os procedimentos necessários para a realização de um número adicional de novos contratos.
Recentemente o INEM enviou para o Governo uma nova versão do Regulamento do Pessoal em regime de contrato individual de trabalho, documento necessário para que sejam reguladas as referidas carreiras, as categorias, escalões e vencimentos. Para o Presidente do INEM, Luís Manuel Cunha Ribeiro, ficam assim “criadas as condições para que quem trabalha neste Instituto tenha todas as condições de estabilidade laboral necessárias para um bom desempenho profissional”.