domingo, junho 26, 2005
Stress atrás do volante, perigo constante
Numa conferência dedicada ao tema e realizada no passado dia 16 de Junho, este professor catedrático expôs a sua série de teorias sobre os desvios criminais na estrada, ideias que «tiveram o apoio de magistrados presentes» e que estão inclusive na base de um trabalho que o especialista está a realizar com o Instituto de Reinserção Social. Nelas, o psicólogo explica como a forte mortalidade nas estradas de Portugal se deve em grande parte a comportamentos «absurdos» que a maioria dos condutores enceta, como forma de escape para uma ansiedade que é controlada em todos os outros lados menos ali. «A estrada é um espelho da sociedade, mas no seu pior. Porque as pessoas estão no trabalho e estão controladas por causa do chefe; estão em casa e tentam ter calma, porque é família. Mas chegam à estrada e é como se fosse o seu mundo, onde tudo é permitido, incluindo extravasar comportamentos por vezes agressivos que não teriam noutro lado», explica.
Para o psicólogo, «hoje em dia os carros são claramente uma extensão das pessoas», algo que se pode verificar aliás «pelo dinheiro que é gasto a comprar os últimos modelos, os veículos mais caros, sempre como forma de expressão de poder».
Essa expressão de poder manifesta-se depois também no asfalto, onde acabam por ocorrer as centenas de acidentes diários, muitas vezes mortais.
Jornal A Capital
Guidelines for Mental Health Professionals' Response to the Recent Tragic Events in the US
Below are recommendations for mental health professionals:
1) The mechanisms of natural recovery from traumatic events are strong. We agree with Dr. Staab that the psychological outcome of our community as a whole will be resilience, not psychopathology. For most, fear, anxiety, re-experiencing, urges to avoid, and hyperarousal symptoms, if present, will gradually decrease over time.
2) People should be encouraged to use natural supports and to talk with those they are comfortable with – friends, family, co-workers – at their own pace. They should follow their natural inclination with regard to how much and to whom they talk.
3) If someone wants to speak with a professional in this immediate aftermath period, a helpful response will be to:
a) listen actively and supportively, but do not probe for details and emotional responses. Let the person say what they feel comfortable saying without pushing for more.
b) validate and normal natural recovery.
4) Outcome studies of Psychological Debriefing (PD) are mixed. Overall, they do not support the efficacy of a one-session intervention shortly after the trauma in decreasing psychological disturbances after a trauma beyond natural recovery. Some studies found that in the long run, a single-session OF PD may hinder natural recovery (see Bisson, Jenkins, Alexander, & Bannister,1997; Mayou, Ehlers, & Hobbs, 2000).
5) Accordingly, we do not recommend intervention in this initial aftermath period. If people do present to clinics or counselors requesting help, single-session contact should be avoided. In these instances people should be scheduled for 2-3 more visits over 2-6 weeks time.
6) Traumatic experiences may stir up memories and/or exacerbate symptoms related to previous traumatic events. Thus some people will feel like this is "opening old wounds". These symptoms should also be normalized and are likely to abate with time. It may be helpful to ask people what strategies they have successfully used in the past to deal with this, and to encourage them to continue to use them.
7) Individuals who continue to experience severe distress that interferes with functioning after three months are at higher risk for continued problems. These individuals should be referred for appropriate treatment.
A National Center for PTSD Fact Sheet
terça-feira, junho 21, 2005
Sinistrados do trabalho vão ter apoio médico, jurídico e psicológico gratuito
Sinistrados do trabalho vão ter apoio médico, jurídico e psicológico gratuito
Miguel teve um acidente de trabalho e ficou impossibilitado de voltar ao seu antigo emprego. Está psicologicamente vulnerável e sem vontade nem capacidade financeira para fazer valer os seus direitos. O que deve fazer? O Desafio, um projecto de intervenção multidisciplinar que quer fazer a ponte entre situações de crise, motivadas por acidentes de trabalho, e o retorno a uma vida activa pretende dar resposta a este problema.
http://www.publico.clix.pt
terça-feira, junho 14, 2005
Simulacro
Este simulacro integra-se nas comemorações do centenário da Corporação.
Irá ser realizado na rotunda da Damaia, pelas 17 horas. Será o choque de um autocarro com 25 crianças com um camião e um carro, deste acidente resultarão alguns mortos, feridos graves e feridos ligeiros (31). Além da Corporação da Amadora estará presente a Cruz Vermelha da Amadora bem como Corporações da ZO Oeiras-Amadora. Devido à magnitude do acontecimento irá ser montada uma tenda de Psicologia que terá na sua composição Psicólogos e Psicopedagogos dos bombeiros da Amadora bem como da Cruz Vermelha.
A equipa de Psicólogos conta com 4 elementos, sendo que estará 1 psicóloga no terreno a efectuar a avaliação da situação e o encaminhamento das situações menos graves para a tenda, bem como prestará apoio aos feridos graves que necessitem, e estarão 2 psicopedagogas e 1 psicóloga a acompanhar as crianças e os feridos menos graves que não necessitem de transporte ao hospital, bem como o apoio aos pais das crianças que irão aparecer.
Caso seja do vosso interesse, compareçam.
domingo, junho 12, 2005
Sem comentários...
Um bombeiro de Penafiel está internado na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Hospital Padre Américo.
O voluntário foi, na passada segunda-feira, encontrado pelos colegas, inanimado, no meio do monte, durante as operações de combate a um incêndio, na freguesia de Santa Marta. Porém, sendo que o quadro clínico se apresenta estável, há grande apreensão devido às circunstâncias que rodearam o sucedido.
A vitima, José Carlos Ferreira Rocha, de 40 anos, sofreu intoxicação por fumo e queimaduras. De acordo com fonte hospitalar, apresenta um quadro clinico estável. "Nesta altura, o paciente encontra-se internado, com suporte inalatório, em fase de evolução positiva", explicou ao JN Estevan Lafuente, director da UCI, notando que a situação requer acompanhamento permanente, por causa de eventuais lesões que possam surgir em consequência do acidente.
Falta de gente
O caso está a causar grande apreensão na corporação penafidelense. É que na origem do acidente estarão problemas de natureza psicológica, decorrentes de questões do foro privado do bombeiro hospitalizado.
No comando dos Bombeiros de Penafiel, disseram-nos que o voluntário em causa "tem andado bastante deprimido", o que o poderá ter afectado em pleno teatro de operações e contribuindo para uma situação que poderia ter sido trágica.
"Os colegas abeiraram-se dele e deram-lhe ordens para que se sentasse um pouco, que, mal o fogo fosse dominado, alguém o levaria de volta para o quartel. Depois, via rádio, tentámos entrar em contacto com ele, mas, incompreensivamente, o rádio estava sempre desligado. Quando os colegas chegaram ao local onde o haviam deixado, ele já lá não estava", explicou, ao JN, Joaquim Rodrigues, comandante da corporação.
José Rocha acabou por ser localizado noutro ponto do monte, inanimado.
O elevado numero de incêndios que têm assolado as florestas do concelho de Penafiel leva a que "todos sejam poucos" para que se acuda à floresta. Assim diz, em tom de lamento, o responsável da corporação, para justificar o envio para a mata de um operacional cuja debilidade emocional era conhecida.
Além das questões de saúde física já descritas, a recuperação psíquica estará, também, a "prender" à cama o bombeiro em causa.
Nota: Jornal de Notiícias, 09 de Junho de 2005
P.S.: obrigada Manuela Moura pelo contributo
terça-feira, junho 07, 2005
aí estão eles!!!
Começaram um pouco por todo o país, as altas temperaturas trazem destas coisas todos sabemos.
As ondas de calor começam a afectar as populações, o que se junta à seca declara numa série de zonas.
Os meios aéreos estão a meio gás, os meios humanos são aqueles com que se pode contar.
Mais uma vez...
A que custo?
Para quando os governantes deste país vão ter em consideração o que temos para oferecer?
Para quando os já muitos psicólogos a trabalhar nesta área se vão unir deixando as lutas das quintas típicas da classe?
Quanto mais precisam de morrer?
Quantas mais intervenções mal feitas serão realizadas?
Será que este factores podem ser contabilizados?
Para quando o fim do amadorismo e o verdadeiro investimento na inovação?
Tantas perguntas e as dúvidas subsistem, dia após dia, ano após ano.
Quando já não tiverem para onde se virar venham pedir apoio aos desencarceradores de mentes...
até ao dia em que podemos não estar disponíveis!